terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Liberdade Religiosa e Música Gospel serão temas de debates acalorados no Senado. Entenda as propostas.

Entre as matérias previstas para exame pelos senadores da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), na reunião da próxima terça-feira, dia 23, duas proposições originárias da Câmara tratam de temas relativos à religião. Um dos projetos (PLC 160/09) regulamenta incisos da Constituição Federal que asseguram o livre exercício da crença e dos cultos religiosos. A outra proposta (PLC 27/2009) altera a Lei Rouanet – de incentivo à cultura – para reconhecer a música gospel e seus eventos como manifestação cultural. As duas proposições já contam com parecer favorável dos relatores, mas dependem de outras votações depois de passarem pela CE.
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Além de estabelecer mecanismos que asseguram o livre exercício religioso, o PLC 160/2009, do deputado George Hilton (PRB-MG), regulamenta a proteção aos locais de cultos e suas liturgias, a inviolabilidade de crença e do ensino religioso no país, todos previstos pelo art. 210 da Constituição. Composta por 19 artigos, a proposição reconhece o direito ao registro das religiões como personalidades jurídicas e que essas, quando voltadas para a assistência social, deverão usufruir também de todos os direitos, isenções, imunidades e demais benefícios concedidos a entidades nacionais de natureza semelhante.


Quanto aos locais e objetos de culto, o projeto define que esses farão parte do patrimônio cultural e histórico do país e como tal deverão ser protegidos, inclusive com impedimento de demolição ou desvio de suas destinações. A única exceção, neste caso, seria feita para o caso em que o Estado necessitasse do espaço ou do prédio religioso para utilidade pública ou para interesse social. Um dos artigos da proposta também prevê que os governos destinarão, na elaboração dos planos diretores das cidades, espaços para fins religiosos.


Há ainda a permissão clara de liberdade para assistência espiritual dos fiéis internados em hospitais, casas de correção e presídios, e também de liberdade de representação de cada credo religioso por capelães militares no âmbito das Forças Armadas Auxiliares.


No quesito educação, o projeto define que os órgãos de ensino das instituições religiosas, em todos os níveis, terão liberdade para funcionar, e prestar serviço à sociedade, sob a livre escolha das pessoas. Também fica assentado na proposta que os títulos e qualificações obtidos pelos educadores dessas instituições terão o mesmo valor que os obtidos em outras instituições, desde que os cursos atendam a legislação educacional vigente.


Ainda sobre a questão do ensino religioso nas escolas, a proposição define que a matrícula é facultativa e deverá constituir parte integrante da formação básica dos alunos, constante dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade religiosa.


Dos artigos 12 a 19, distintos temas são contemplados, como o reconhecimento do segredo de ofício sacerdotal e do casamento celebrado de acordo com as leis canônicas ou normas das religiões; a imunidade tributária das pessoas jurídicas religiosas e de seus patrimônios; a concessão de visto para sacerdotes, membros ou leigos estrangeiros atuarem no Brasil, entre outros.


Finalmente, o projeto estabelece que a violação à liberdade de crença e a aos locais de culto sujeita o infrator às punições previstas no Código Penal. O relator da matéria, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), lembra que na CE a matéria será analisada quanto ao mérito do que couber ao tema educação.


Música Gospel


O PLC 27/2009, do deputado e bispo da Sara Nossa Terra Robson Rodovalho (DEM-DF), sugere a inclusão da música e dos eventos gospel no rol das manifestações culturais reconhecidas pela Lei Rouanet – passível, portanto, de receber incentivos financeiros de empresas privadas que depois auferem isenções e descontos tributários. O termo gospel, originário da língua inglesa, refere-se às músicas de temática cristã, e por, extensão, as artistas que compõem e interpretam essas músicas.


O deputado Rodovalho justifica sua intenção, lembrando que esse estilo musical se disseminou pelo país, inclusive em eventos de grande porte, mobilizando a juventude que cultiva os valores cristãos. O projeto, porém, excetua dessa possibilidade os eventos de música gospel promovidos por igrejas.
A matéria já foi acatada pela Comissão de Assuntos Econômicos e tem o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) como relator na CE.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Gospel+ entrevista Max Lucado

Nesta última terça-feira Max Lucado, o maior escritor inspiracional da atualidade com mais de 65 milhões de exemplares vendidos, fez uma coletiva de imprensa seguido de um agradável almoço no restaurante Praça de São Lourenço, aqui em São Paulo. Estive lá convidado pelo Gospel+ para prestigiar o evento e, claro, para entrevistar o escritor pessoalmente.
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Estavam lá cerca de 20 jornalistas e blogueiros de mídia gospel com perguntas tímidas sobre os livros de Lucado. O ambiente era realmente tão tímido que, em certo momento de prolongado silêncio, Max Lucado perguntou se “já era hora do almoço”. Como minhas perguntas não seriam muito fáceis, resolvi guardá-las para a entrevista exclusiva que viria a seguir.

Max Lucado foi extremamente simpático ao me receber para a entrevista, numa varanda do local do evento. E essa entrevista contou com a ajuda da galera do Twitter, que seguia nossa transmissão online do evento. Anotei as perguntas propostas e as fiz pessoalmente a Max Lucado. Seguem abaixo, com os devidos créditos!

@wagnersantos perguntou: Qual o processo que você segue para criação de seus livros… se esconde do mundo para ter inspiração e escrever?
Eu pastoreio uma igreja. Na igreja não dá para escrever pois sempre existe algo para fazer. Mas possuo um escritório fora da igreja onde posso me trancar em minha sala para escrever. Escrevo cerca de 4 horas por dia, é o suficiente.

@ssapao perguntou: Qual experiência em Cristo que mais marcou sua vida e edificou sua fé?
O momento de minha conversão. Eu passava por um problema com alcool e fui até uma igreja. Lá ouvi uma pregação maravilhosa sobre arrependimento. Chegando em casa eu orei e pude sentir que realmente aquele perdão pregado era real. Pude descobrir que há um verdadeiro perdão para os pecados. Essa descoberta mudou minha vida.

@cristaoiurd perguntou: Dos medos, qual foi o mais difícil de escrever?
A respeito de não se sentir importante. É um medo muito profundo nas pessoas e difícil de lidar, pois está entranhado. As pessoas se olham no espelho e pensam: eu sou nada, sou ninguém. Mas cada um tem seu valor e procurar despertar isso nas pessoas é muito difícil.

Falando sobre esse tipo de medo… você já sentiu medo de se sentir importante demais, do seu ego? E de começar a escrever somente para vender livros?
Sim, esse medo é algo que existe e é real. Sempre penso e reflito que não sou tão importante quanto possa parecer ser. Sou apenas um pedaço da praia, alguém que Deus ama como aos outros. Como todo ser humano preciso sentir esse medo e saber conviver com ele. Precisamos sempre balancear entre o “se sentir menor do que é” e “se sentir maior do que é”.

@cristaoiurd perguntou: Lá fora o Brasil tem sido observado como um país cristão crescente?
Vê-se as igrejas crescendo no Brasil, mas não há notícias fortes sobre isso lá fora. Não é tão divulgado.

Para terminar. Você se sente escrevendo literatura de auto-ajuda? Não tem medo de estar escrevendo isso?
Sim, me preocupo com isso. É uma linha muito tênue entre inspiracional e auto-ajuda. Eu procuro me policiar nesse sentido. Você deve inspirar seu leitor, mas consciente que a ajuda vem de fora. Nós somos um pequeno lago e Deus é um grande mar. O meu foco não pode se concentrar no pequeno lago, em ele se recuperar sozinho. Meu foco deve ser o grande mar e como ele pode socorrer pequenos lagos. Meu foco é na ajuda externa, que provém de Deus. Eu apenas inspiro e ensino as pessoas a procurar essa ajuda e não a se auto-ajudarem.

Galera, agradeço a todos os que enviaram suas perguntas através do Twitter. Não pude fazer todas as questões propostas porque o tempo era extremamente limitado e a entrevista foi acompanhada de perto pela assessoria de imprensa para evitar demoras.

Logo após a breve entrevista, fomos acompanhados até o local onde seria servido o almoço. Lá já estavam alguns executivos de editoras e pastores – cerca de 30 pessoas – aguardando.

Para quem não sabe, Max Lucado está no Brasil divulgando seu novo livro “Sem Medo de Viver”. Ele passará ainda por mais algumas cidades brasileiras. Para consultar sua agenda acesse

Testemunho: Goleiro do São Paulo se converte e conta seu testemunho, veja o vídeo

Por Renato Cavallera em terça-feira, 27 outubro 2009

Seu nome é João Bosco Freitas, pernambucano de Recife. A infância sofrida poderia apontar para um futuro nada brilhante. Bosco morava em um subúrbio de Recife e assistiu à separação de seus pais ainda muito novo. As necessidades eram grandes. Porém, ao contrário do que aquelas condições davam a prever, Bosco chegou onde sempre quis: tornou-se um profissional do futebol.
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Em entrevista ao programa Papo de Esporte, da TV Rede Super, o atual goleiro do São Paulo Futebol Clube conta que começou sua carreira em um clube de pouca expressão. Para ir aos treinos, Bosco precisava enfrentar uma verdadeira maratona: eram quatro ônibus a cada dia de treino. Seus irmãos bancavam os custos com a passagem.

No caminho rumo ao profissionalismo, uma pedra apareceu: aos 16 anos, Bosco teve seu primeiro contato com as drogas e com a bebida. O goleiro, que se casou aos 17 anos, conta que vivia uma vida de adultério.

Marido de uma mulher evangélica, Bosco lembra de quando chegava bêbado em casa. A esposa do goleiro, perseverante, pagava um alto preço de oração para que Bosco tivesse sua vida transformada. E foi o que aconteceu.

A convite de sua mãe, que é católica, João Bosco aceitou visitar uma igreja. “Já na primeira visita, Deus tocou meu coração”, diz. E foi exatamente no dia 7 de janeiro de 1996 que Bosco se converteu, na 1ª Igreja Batista do Janga, em Recife (PE).

O goleiro conta que a primeira área que Deus transformou em sua vida, foi o casamento. “Meu casamento estava destruído”, lembra. “Foi uma mudança radical”.

Em 2001, época em que jogava no Cruzeiro, Bosco frequentou a Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. Hoje, membro da igreja Sara Nossa Terra, em São Paulo (SP), o goleiro tem colhido os frutos de sua experiência de vida. “Temos um trabalho de células em nossa casa, onde aconselhamos casais com problemas”, diz.

A história de João Bosco atesta o que está escrito em Jó 14:7-9: “Para uma árvore há esperança; se for cortada, brota de novo e torna a viver. Mesmo que as suas raízes envelheçam, e o seu tronco morra na terra, basta um pouco de água, e ela brota, soltando galhos como uma planta nova”. “Pra Deus não há impossível. Ele muda qualquer coração”, conclui Bosco.
Testemunho do goleiro do São Paulo:

Pastor americano diz que Haiti fez "pacto com o demônio"

O pastor americano Pat Robertson, que anima um programa de TV, lançou uma polêmica nos Estados Unidos ao falar do terremoto que atingiu o Haiti nesta terça-feira (12). Para Robertson, os fortes tremores que arrasaram a capital Porto Príncipe são consequência de um "pacto com o demônio" selado pelos haitianos há dois séculos para se livrar dos franceses.

A controvérsia obrigou a Casa Branca a intervir, qualificando as declarações de "profundamente estúpidas".

Durante o seu programa, o religioso de 80 anos lembrou que os haitianos "eram dominados pelos franceses" e comparou a situação do país com a da nação vizinha, República Dominicana, relativamente próspera.

- Eles [haitianos] se reuniram e selaram um pacto com o demônio. Disseram a ele: "Serviremos a você se nos livrar dos franceses." A história é verdadeira. E o demônio respondeu: "Está certo!". Desde então, eles são vítimas de uma série de maldições.

Pat Robertson é conhecido por suas declarações polêmicas nos Estados Unidos. Em 2006, ele explicou que o AVC sofrido por Ariel Sharon foi uma punição divina para o ex-premiê de Israel após retirada das tropas israelenses dos territórios palestinos da faixa de Gaza. Bastante popular entre os americanos, ele até já se candidatou às primárias republicanas para a eleição presidencial de 1988, mas foi derrotado por George Bush - que acabou sendo eleito ao cargo na época.

Assista, abaixo, o vídeo com a declaração polêmica, em inglês.





Reação em Washington

Questionado sobre as declarações, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, declarou-se "surpreso" de que "nestas horas de inimaginável sofrimento humano, alguém tenha a coragem de proferir coisas tão profundamente estúpidas".

Horas antes, o presidente Barack Obama prometeu que os Estados Unidos não abandonarão o Haiti. O líder americano anunciou uma ajuda de emergência de US$ 100 milhões e o envio de milhares de soldados e socorristas para ajudar as vítimas do terremoto.

O Haiti - que ficou sob dominação espanhola até 1697 e, depois, francesa - tornou-se a primeira república negra independente em 1804, depois da derrota do corpo expedicionário de Napoleão Bonaparte, que queria restabelecer a escravidão abolida pela Revolução Francesa.